Os jogos do Gauchão Série A2 - Divisão de Acesso costumam ser o palco em que os jogadores brilham com belos gols, lances plásticos, grandes defesas. Mas também existe espaço para os atletas se destacarem de outra forma.
A criatividade sai dos gramados e vai parar no registro da Certidão de Nascimento ou no improviso de um apelido. Dessas invenções, surgem atletas com nomes muito conhecidos, alguns de nível mundial. E que agora, de certa forma, também desfilam pelos gramados gaúchos.
Nada melhor do que começar com o Rei como exemplo. O lateral-esquerdo do Guarany de Bagé já tinha nome de jogador, Denilson, lembrando o atacante pentacampeão mundial em 2002. Mas o apelido Pelé surgiu na escola.
- Quando eu era pequeno, eu jogava com os caras mais velhos. E aí eles me acharam parecido - conta Denilson Pelé.
No caso do William Thuram, o próprio zagueiro do São Gabriel sugeriu que o chamassem assim há alguns anos.
- Quando eu jogava no Santa Cruz, havia três ou quatro William. Aí eu sugeri que me chamassem pelo apelido. Eu já era chamado assim às vezes e é algo que eu gosto - conta o jogador, que leva o nome de Lilian Thuram, lateral e zagueiro campeão do mundo com a França em 1998.
Já o atacante do Glória atende por Romário desde que nasceu. Está registrada em cartório a homenagem ao famoso atacante.
- Eu nasci em 1994. Acho que foi inspirado no Baixinho, sim - conta o jogador, lembrando o ano da Copa vencida pelo então camisa 11.
Confira abaixo mais jogadores da Série A2 com nomes ilustres:
Eto’o (atacante/Igrejinha) – Apelido em referência ao atacante camaronês tricampeão da Liga dos Campeões e com passagem por Barcelona e Inter de Milão.
Tafarel (atacante/Igrejinha) - Taffarel foi goleiro campeão do Mundo com a Seleção Brasileira em 1994, mas, desta vez, o nome é levado por um jogador de linha
Rikelmer (zagueiro/União Frederiquense) – Nome em referência a Riquelme, meia argentino tricampeão da Libertadores e campeão do mundo com o Boca Juniors.
Ronaldinho Gramadense (Meia/Glória) – Apelido em referência a Ronaldinho Gaúcho, melhor do mundo nas temporadas de 2004 e 2005. Pentacampeão com a seleção Brasileira em 2002.
Rudigullithi (zagueiro/Bagé) - Nome em referência ao holandês Ruud Gullit, campeão europeu e um dos melhores meias do mundo nos anos 1980.
Douglas Dida (goleiro/Lajeadense) – Apelido em referência ao pentacampeão do Mundo em 2002 com a Seleção Brasileira, bicampeão da Liga do Campeões com o Milan, bicampeão Mundial de Clubes e campeão da Libertadores.
Obina (meia/Bagé) e (atacante/Passo Fundo) - Apelido que acompanha esses dois jogadores lembra Obina, atacante campeão da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro nas temporadas de 2006 e 2009, com passagens por Vitória e Flamengo
William Thuram (zagueiro/São Gabriel) - Apelido que lembra o lateral e zagueiro francês Lilian Thuram foi campeão do Mundo com a França, em 1998
Romário (atacante/Glória) – Nome em homenagem ao atacante eleito melhor do mundo e tetracampeão com Seleção Brasileira em 1994
Denilson Pelé (meio campo/Guarany) – Nome lembra o atacante pentacampeão em 2002. O apelido remete ao Rei do Futebol
Texto por Angelo Pieretti, com a supervisão de Lucas Rizzatti