Protocolo Zero
FGF e Odabá promovem ação de Letramento Racial com as categorias de base

Leonardo Fister
06 NOV 2023 16:55

Evento foi realizado na sede da FGF | Foto: Leonardo Fister / FGF

A Federação Gaúcha de Futebol - FGF e a Odabá - Associação de Afroempreendedorismo  promoveram nesta segunda-feira (06) uma  ação de Letramento Racial para atletas das categorias de base. A iniciativa faz parte de mais uma etapa do projeto Protocolo Zero: Fim de Jogo para o Racismo. Durante evento realizado no auditório da FGF, também foi apresentada a Cartilha de Letramento Básico por um Futebol Antirracista.


Estavam presentes o presidente da FGF, Luciano Hocsman, o secretário-geral, Mauro Rocha, o diretor jurídico, Gilson Kroeff, e o diretor financeiro, Marcelo Ducati. Também participaram a psicóloga e gestora de projetos da Odabá, Maiara Medeiros, e a socióloga da Odabá, Nina Fola, além de atletas, membros de comissões técnicas e coordenadores das categorias de base de diversos clubes gaúchos. 


Em uma conversa com os jovens atletas, o presidente da FGF, Luciano Hocsman, relembrou o início do projeto Protocolo Zero e falou sobre a importância da ação de letramento com as categorias de base. 


– No ano passado, nós da Federação também passamos por este processo de letramento, pois sabíamos que era preciso aprender para depois replicar. E quando começamos esse projeto com a Odabá, uma das coisas que pedimos foi a realização deste trabalho com as categorias de base. Desde cedo, precisamos ter consciência das questões raciais e da necessidade de combater o racismo. Essa é uma iniciativa muito séria para todos nós da FGF e não se encerra aqui - afirmou Hocsman.


Durante o evento, atletas, membros de comissões técnicas e coordenadores das categorias de base assistiram apresentações, vídeos e participaram de dinâmicas que abordavam temas como racismo estrutural, história, sociologia e desempenho esportivo. Ocorreu também uma roda de conversa com o Coletivo Poetas Vivos e uma palestra sobre alta performance com a coaching Andréa Stefanello. A gestora de projetos da Odabá, Maiara Medeiros, explicou a metodologia das atividades e destacou a relevância do letramento.


– Essa dinâmica foi pensada para os jovens, por isso trabalhamos com vídeos, roda de conversas, apresentações, entre outros. Precisávamos tornar este letramento dinâmico, mas com um conteúdo sólido. Sabemos que muitos adultos não tiveram essa oportunidade de aprendizado que estes jovens estão tendo hoje. Então, por meio de atividades como essa, buscamos formar não apenas atletas, mas cidadãos que tenham consciência racial - ressaltou Maiara


A socióloga da Odabá, Nina Fola, também conversou com os presentes e salientou a necessidade do combate ao racismo estrutural, principalmente entre os mais jovens.


– É fundamental que a gente ataque o racismo estrutural. Para isso, nada melhor do que investir na formação destes jovens. Sabemos que o futebol pode formar tanto atletas quanto cidadãos. Portanto, é fundamental realizar este trabalho de letramento desde as categorias de base, pois aqueles que estão aqui hoje serão os futuros jogadores, técnicos e dirigentes que vão nos ajudar nessa mudança de comportamento tanto no esporte quanto na sociedade – finalizou Nina.

Leonardo Fister / FGF